Empreender no mercado imobiliário brasileiro requer atenção permanente ao cenário da política monetária nacional.
Essa preocupação pode se justificar pela volatilidade constante da taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) e pelo seu alto poder influenciador em toda a cadeia econômica e financeira do país.
Em outras palavras, a taxa básica de juros, Selic, é o principal instrumento regulador da política monetária brasileira.
Ela é aplicada pelo Banco Central (BACEN) e estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Seu valor é estipulado com base no cenário atual e em expectativas futuras sobre a economia brasileira.
Nesse sentido, o objetivo é conter os avanços da inflação e assegurar a estabilidade econômica no país.
Desde de março de 2021, quando alcançou o menor registro (2%), a taxa Selic vem acumulando constantes aumentos a cada mês.
Os impactos dessa elevação são sentidos em toda a economia brasileira, mas, principalmente, no mercado imobiliário, que desenvolve empreendimentos com alto custo e que depende de grande volume de financiamento.
Quer saber como o aumento da taxa Selic pode impactar no crescimento da sua empresa?
Continue a leitura com a gente e descubra como podemos te ajudar.
Como a taxa Selic acima de 10% pode impactar o mercado imobiliário?
De acordo com o Focus Relatório de Mercado , há uma projeção de aumento da taxa Selic dos atuais 12,75% para 13,25% até o final de 2022.
Isso pode elevar, ainda mais, os custos da construção civil.
Isso porque a taxa Selic é a norteadora de todas as taxas de juros praticadas pelos bancos no Brasil.
Desse modo, ela acaba impactando os custos operacionais de crédito, como empréstimos e financiamentos, por exemplo.
Portanto, quando a taxa Selic aumenta, esse crédito fica mais caro.
Sabe qual é o resultado?
O aumento no preço para a construção de novos empreendimentos imobiliários e, consequentemente, a elevação do preço de venda para o consumidor final.
Com a queda do poder aquisitivo das famílias brasileiras decorrente do aumento da inflação, da Selic e da alta dos juros dos financiamentos imobiliários, o mercado imobiliário pode sofrer uma desaceleração.
Quais são as consequências dos crescentes aumentos para incorporadoras, loteadoras e construtoras?
De acordo com os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) variou 0,87% em abril de 2022.
Com esse resultado, o índice acumula 11,54% em 12 meses e 2,74% de alta em 2022.
A elevação do custo total da construção civil, aliado ao aumento constante da taxa Selic e dos juros, pode gerar alguns transtornos.
Afinal, a tendência é diminuir a capacidade de gerar novos negócios, o volume de vendas, a receita e o faturamento dos empreendedores do mercado imobiliário.
Qual é o cenário projetado para o mercado imobiliário em 2022?
Todo esse cenário parece desanimador para você? Mas, não se engane.
Apesar do mercado imobiliário estar em um momento desafiador, existe luz no fim do túnel.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), as projeções para o mercado imobiliário em 2022 são positivas.
O cenário previsto é de estabilidade nas vendas e lançamentos de imóveis residenciais em 2022, com possível queda no valor geral das vendas (VGV).
De acordo com Celso Petrucci, presidente da comissão imobiliária da CBIC, existe uma forte tendência para o crescimento das vendas dos imóveis participantes do programa habitacional Casa Verde e Amarela do Governo Federal.
Segundo ele, isso será possível graças ao reajuste nos subsídios providos pelo fundo de garantia.
Essa alteração foi proposta pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e aprovada pelo conselho curador do FGTS, em 10 de março.
Portanto, essa mudança, que entrou em vigor em abril deste ano, poderá compensar uma possível retração em outras categorias de imóveis.
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