A tendência de adaptação de prédios industriais e fábricas em residências descoladas dos anos 70 em Nova York pode ser revista nos próximos anos nas diversas lajes comerciais que estão vagando pelo mundo todo.
Notícias sobre a migração para o modelo de home office permanente não param de invadir as mídias. A XP recentemente afirmou que pretende adotar esse modelo até o final do ano e avalia a possibilidade de torná-la perene. Twitter, Google e Facebook afirmaram que os colaboradores poderão fazer home office para sempre após o fim da pandemia .
De acordo com a Betania Tanure Associados 43% das empresas brasileiras adotaram o home office durante o isolamento social. E uma pesquisa da FGV em parceria com a Institute for Technology, Enterpreneurship and Culture mostrou que 30% das empresas que fizeram essa opção irão manter o trabalho remoto após a crise gerada pelo novo coronavírus por pelo menos 1 dia na semana.
Descobertas positivas sobre o aumento da produtividade aliadas à possibilidade de redução de custos de aluguel, energia elétrica e outros insumos podem ser um dos maiores motivadores dessa nova tendência. Os colaboradores se sentem mais motivados e até menos cansados fisicamente, gastam menos tempo com transporte e se alimentam em família diz Gênesis Pazzetto Baptista, Diretor Executivo da OGFI Governance, que conta sobre a opção da empresa em colocar todos os colaboradores para trabalhar remotamente.
É claro que se os custos dessas lajes não se adaptarem rapidamente à nova situação do mercado esses imóveis vagos sofrerão a deterioração antes de ver os novos ocupantes.